Gran Premio FANTLATAM anuncia indicados de 2022

Para consagrar as relações entre os festivais das Américas, foi criado o GRAN PREMIO FANTLATAM que é outorgado anualmente com a finalidade de condecorar as melhores obras, diretores, roteiristas, atrizes e atores do ano anterior. A federação mantém encontros permanentes onde discute as interfaces do audiovisual na América Latina, conjunturas e perspectivas futuras. É assim que define Monica Trigo, a brasileira presidente da FANTLATAM – Alianza Latinoamericana de Festivales de Cine Fantástico, que anuncia seus indicados na premiação deste ano, que acontecerá em 11 de junho, durante o 13º Cinefantasy Festival de Cinema Fantástico.

Ao todo, 17 curtas e 14 longas, de diversos países da América Latina, concorrem aos prêmios, que também incluem as categorias roteiro, direção, ator e atriz. O Brasil tem representantes em todas as categorias: Carro Rei, de Renata Pinheiro, em filme, roteiro, direção e ator (Matheus Nachtergaele); As Almas que Dançam no Escuro, de Marcos de Brito, em filme, roteiro, direção e ator (Paulo Vespúcio); Rosa Tirana, de Rogério Sagui, em filme, direção, roteiro, atriz (Kiarah Rocha), e ator (José Dumont); e Domina Nocturna, de Larissa Anzoategui, em filme. 

Na categoria melhor curta, o Brasil concorre no GRAN PREMIO FANTLATAM com Duas Coxinhas, de Leo Miguel; O Retrato do Mal, de Márcia Deretti e Márcio Júnior; e Rasga Mortalha, de Thiago Martins de Melo; e Chacal de Marja Calafange.

O júri é formado por três profissionais do audiovisual com vasta experiência internacional elenca os melhores do ano anterior, e neste ano conta   com a participação do crítico e curador brasileiro Filippo Pitanga, o diretor e roteirista argentino Hernan Moyano, e da escritora e roteirista mexicana Sandra Becerril. 

No presente, apocalipse virou documentário. Numa época de desmantelamento de políticas públicas voltadas para cultura e educação, é imprescindível colocarmos as distopias e sonhos nas telas, e contar as narrativas em olhares plurais, explica o jurado brasileiro Pitanga. 

Ele também destaca a importância de um prêmio exclusivo para a fantasia, ficção-científica e horror, gêneros presentes, no entanto, se tornam mais valorosos do que nunca. Os filmes conseguem pensar ainda mais mensagens, que são mais pungentes e com mais senso crítico. Mercadologicamente, também os filmes desses gêneros têm feito enorme sucesso, destaca. 

Moyano concorda, e acrescenta sobre a importância para toda a América Latina das produções e festivais que destacam fantasia, horror e ficção-científica . Com o surgimento de diferentes festivais de cinema dedicados ao fantástico, os cineastas começaram a se reunir e se organizar para realizar o que foi o germe do cinema moderno de gênero latino-americano. Com exceção de países como Brasil ou México, que já possuíam uma enorme tradição de cinema de gênero, os demais países construíram seu próprio caminho a partir desses encontros.

O argentino também destaca que, na Europa, por exemplo, uma premiação como o GRAN PREMIO FANTLATAM é comum, e ele aguardava uma iniciativa parecida no nosso continente. O surgimento da federação latino-americana Fantlatam foi uma das melhores notícias que os cineastas do gênero poderiam receber. E que essa aliança  além de organizar, divulgar e administrar, premia o trabalho dos cineastas em um prêmio exclusivo para o gênero, é algo maravilhoso e gera expectativa nas novas gerações de cineastas.

Abaixo a lista de indicados:

CURTAS

LONGAS

ROTEIRO

DIREÇÃO

ATOR

ATRIZ

Imagem: Bestia (2021) Maleza Studio/Divulgação